terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Nem só de pão vive o homem...nem a mulher!


Por que será que uma poesia, jamais é lida mil vezes em um programa de rádio, ou apresentada na TV? Assim acontece com uma crônica, um conto, etc., mas a música, esta se repete não só mil vezes, mas milhares de vezes. Hoje mesmo, neste espaço da noite em que estou aqui diante do computador, ouvi apenas Amália Rodrigues interpretando GAIVOTA e Michael Jackson cantando SMILE. Estou feliz e me encontro nessas melodias, como se estivesse aninhada no calor do carinho mais doce. Viajo! Nada mais perfeito sobre a face da terra que o pensamento inviolável do homem! Ouvindo, o dia inteiro as músicas que gosto, levo meu pensamento aonde quero! Saudade! Penso que a música se sobrepõe a tudo o que o homem concebe intelectualmente, por ser absolutamente universal, como a matemática. Servem, ambas, para todas as línguas e todos os povos. A música é sentir, é viver. Ela nos toca e nós a recebemos de acordo com as condições do nosso coração. Cada coração tem o seu compasso. Por essa razão, talvez, essas datas que comemoramos ao fim de cada ano provoquem em cada um, sentimentos tão diferentes. Nem todos se irmanam. Nessas datas, a saudade se aguça, as lembranças se avivam, a nossa sensibilidade está à flor da pele! Gosto delas, gosto de tudo que me emociona, gosto de me sentir viva. É difícil falar sobre esse emaranhado de sentimentos, pois poucos o compreendem... Para justificar essa afirmação, digo outra vez: cada coração tem o seu compasso. Não tenho ao meu redor, alguém tão romântico como aqui confesso ser. E eu me pergunto como viver sem ser romântica, sem sonhar, sem amar, sem acalentar ilusões? Na vida, na real, poucos param para ver uma pequenina flor, quase sempre de imensa beleza! Ver as cores, ricas, belas, ouvir com prazer o gargalhar de uma criança, rir com ela sem nem saber por que... Mas, não há tempo, ou, “tudo isso é bobagem. A vida não é isso”. Dizem. É. Concordo. Temos que batalhar a vida e para tanto devemos ser realistas. Mas, será que não há espaço para o sonho, para o amor? Em toda minha existência estive sempre mais apaixonada do que sã! Claro! Hoje a ciência diz que quem está apaixonado está doente. Então estou gravemente enferma. Já tive sonhos, tive amores, tive dores mil! Hoje sei que os sonhos são tudo o que de mais real possuo. Foram sempre a porta que tive para a liberdade. Dentro deles, não cabe a realidade, não há idade, não há espelhos que venham para me mostrar o estrago feito pelo tempo, não há amarras, nem criticas. Deles, não faz parte o trabalho, como todo e tanto que a vida me deu. Neles não há a luta de todos os dias e nunca estão ali os que me cerceiam e criticam. Sonhar é preciso, muito! Como é bom sonhar! E sonho acordada, muitas vezes! Os mais jovens talvez nem saibam do que estou falando, mas para tranquilizá-los posso lhes garantir que o sonho de ninguém faz mal aos outros, eles apenas fazem bem aos sonhadores. Se um dia você se sentir objeto do sonho de outrem, orgulhe-se disso, não fuja, não se culpe, não se assuste, o sonhador não passa nunca de um sonhador. Não leve tudo tão a sério se de repente você souber que se transformou num príncipe encantado (mesmo que você pareça um príncipe!). Você será apenas um príncipe (ou, uma princesa) virtual e em sua vida, jamais imaginou que pudesse abalar uma fortaleza aparentemente inatingível. Isso é razão para você tentar aprender mais um pouquinho sobre o sonhar e ser feliz sem amarras, sem que ninguém consiga impedi-lo de voar e depois lhe conceda o perdão por ter aberto suas asas, tão frágeis ainda. Viva criança! Viva e voe e sonhe, porque só na tolerância e na cumplicidade dos personagens dos nossos sonhos, nos encontramos realmente. O sonho tem o condão de nos fazer acordar sorrindo, felizes, afinal, participam dos nossos sonhos os nossos verdadeiros amores.