Assim se deu comigo, no decorrer da vida, até meus 39 anos, com relação ao meu pai. Sempre analisei o seu relacionamento comigo e com minha mãe, sob a forte influencia da família dela que realmente não queria saber dele! Era temido por todos.
Às portas dos meus 40 anos, entrei numa forte crise existencial e ao contrário do que senti sempre agora, só queria saber dele. Mas como? Estaria vivo? Aonde? Esse período da minha vida é bonito para mim, embora doloroso e se o fosse relatar agora, jamais chegaria ao ponto onde quero chegar depressa (o aeroporto, lembra?)
Fiz mil manobras, sem a ajuda de quem quer que seja e cheguei a minha tia, a irmã mais nova dele. Essa tia, por toda sua vida, julgava-se a maior vítima do que foi feito com ele. Ela e minha avó controlavam tudo da vida dele com relação a minha mãe e a mim, inclusive a correspondência que vinha de Portugal para minha mãe, era recebida por elas e entregue já aberta, pois vinha sempre dentro do mesmo envelope em que vinham as cartas para elas.
A interferência da família dele na vida dos meus pais foi responsável pela separação de ambos e pela animosidade que surgiu entre o casal.
Quando fui procurá-la, sabia que poderia ter uma grande decepção se ela não fosse sincera comigo, escondendo mais uma vez tudo sobre ele e obstando o que eu precisava saber para encontrá-lo. Mas, desta vez foi tocado o seu coração e ela me falou tudo.
Depois de hora e meia de conversa entre nós, sem se tocar no nome dele, ela me perguntou: Aidinha, você não quer saber nada do seu pai?
Meus olhos não seguraram as lágrimas e apenas disse – quero, mas tenho medo.
Ela, adivinhando a resposta que eu temia, respondeu – ele está vivo.
Aí, foram lágrimas de alívio e alegria. Foi um sentimento como o de se recuperar um tesouro perdido, ou encontrar a salvação diante de uma ameaça.
Ela me disse onde ele estava e porque estava tão escondido. Estava na Libéria, escondido da Interpol e de Salazar. De posse do seu endereço, imediatamente escrevi a ele uma longa carta contando tudo da minha vida e perguntado muito sobre ele.
A reposta chegou no dia 29/06/1973, dia de São Pedro e São Paulo, por um emocionado telegrama, ressalto, enviado para minha tia, que de pronto me ligou e leu-o para mim. Foi uma choradeira geral, nunca ninguém acreditou no sucesso dessa minha busca.
AGORA EU TINHA PAI!!!

Resgatei a cura para o mal que havia dentro de mim e que, antes disso, nunca tinha conseguido identificá-lo. Foi uma cura de alma!
Agora, passando ao largo de tudo quanto aconteceu nesses seis meses de correspondencia, chego aos 23/12/1973, quando ele chegou a nossa casa.
Até então, esse homem era um mito para os meus filhos e para os mais da família, que não o conheceram e tão pouco conseguiam entender o que realmente aconteceu. Daquele momento em diante, ele passou a ser uma pessoas como outra qualquer.
Era o meu pai e o vovo.
Quando ele não me deixou ir até lá, dizendo que ele viria porque assim poderia ver a todos, fui tomada por uma tremenda angustia, com medo de que ele fosse pego aqui, pois vivíamos os nossos duros anos de chumbo e seu nome, sem duvida, figurava, ainda, na lista negra dos inimigos do nosso regime.
Ele não me disse nada a respeito de como viria! Eu imaginava mil artifícios dos quais ele lançasse mão para chegar aqui, são e salvo, até que chegasse de carroça a nossa porta, disfarçado, com uma possível entrada por outro país sul americano, pensei mil coisas, mas não atinava!
No dia 23/12/74, como já falei, lá estava ele, dentro da nossa casa. Entrou tranquilamente pelo Rio de Janeiro e em voo doméstico veio para São Paulo.

Passadas as primeiras 48 horas nas quais eu apenas fiquei olhando para ele, boquiaberta, registrando todos os seus movimentos, suas falas, sua postura, tudo, consegui me recuperar de tanta felicidade.
Daí, era minha vez de interromper, perguntar, contar, comparar, lembrar datas, pessoas, fatos, enfim a nossa vida atrasada durante 36 anos de separação.
E perguntei, então,como ele conseguiu entrar com tanta facilidade no Brasil, sem ser minimamente molestado.
Calado, foi buscar seus documentos e mostrou-os a mim. Não era Cypriano da Cruz Affonso, mas JOSÉ REBELLO. Que coisa incrível como aquilo me incomodou! E ele me disse – o que é que tu querias, que eu arriscasse a pele mais uma vez e tentasse entrar aqui com minha verdadeira identidade? Filha, seria preso no ato e talvez voces nem me vissem mais! Concordei, claro, mas o documento perfeito me impressionou. Mais uma pergunta, para saber como ele havia conseguido aquela falsa identidade, ao que me surpreendendo mais uma vez, riu à vontade e disse: eu mesmo a preparei. Era de um amigo meu, que quando veio a falecer, a sua família me deu todos os documentos dele, exatamente para uma necessidade como a que tive agora.
É! Coisas de companheiros, sem dúvida! Pensei.
Bem, agora já estava aqui e pronto! Nada de ficar encucada com “pormenores” de somenos importância...rsrsrs
Passamos um Natal maravilhoso e cheio de emoções.
Já tínhamos combinado de em seguida viajar para Vitória, onde alugamos uma casa em Vila Velha, num morro, linda, frente para o mar. Todo mundo fez a cabeça dele e ele acabou cedendo e foi também conosco para lá. Porem impôs uma condição, porque iríamos de carro e ele achou que era muito a enfrentar. Mil quilômetros espremido num carro, bagagem, criançada, paradas, não. Voces vão na frente e eu vou com a minha filha de avião, fazemos os nossos horários de um jeito que quando lá chegarmos vocês estejam no aeroporto a nossa espera.
Muito bem. Todo mundo achou ótimo.
Enfim eu teria umas horinhas sozinha com meu pai e poderiamos falar pelos cotovelos!
Foi o que fizemos.
Embarcamos em Congonhas com destino ao Galeão. Lá, fizemos o nosso check-in, despachamos a bagagem e, tranquilos, enquanto esperávamos o embarque para Vitória, pudemos papear.
Nesse dia, o Galeão estava tão cheio, que no saguão onde esperávamos, todo mundo estava espremido. Não seria possível abaixar-se normalmente, para pegar do chão algo que caísse, pois na certa, com o efeito cascata derrubaríamos um monte de gente. Ali, era um vozerio, misturado a todos os demais ruídos próprios do lugar e quem quisesse conversar, como nós, tinha mesmo que prestar atenção ao seu interlocutor. Nós dois, sempre falantes, naquela oportunidade, não deixamos por menos. Passado algum tempo, que nem sei precisar quanto, percebi que o saguão já estava mais vazio. Ué! Disse ao papai: será que esse avião não sai hoje? Que demora! Acho melhor irmos ao balcão perguntar o que está havendo.
Ao chegarmos lá o funcionário pegou a passagem do papai e disse: A! Então o senhor é o seu José Rebello que cansamos de chamar pelo alto falante! O senhor não ouviu? Foram umas quatro ou cinco vezes que o chamamos. Nós nos entreolhamos, uma vontade enorme de cair na risada, porque ele, o espertinho, se esqueceu que era José Rebello. Eu tinha obrigação de me ligar? O falsificador era ele! Quem estava usando documentação falsa era ele, então ficasse atento! É muito natural que Cypriano não atenda a chamada por José... Mas nós não perdemos a pose diante da turminha que queria nos ajudar a solucionar o problema que tínhamos agora.Não faz mal disse o papai. De fato não ouvimos a chamada, talvez pelo barulho, desculpe, mas agora já estamos aqui. O funcionário respondeu, mas o avião não está mais, foi embora, não podia atrasar tanto!
Aí, a nossa cara de paisagem, deve ter causado pena em todos que estavam ali por perto e começaram as sugestões. Era uma sexta feira. Próximo avião para Vitória só na segunda. Não havia telefone celular, a casa não tinha telefone e o único meio de comunicação se quiséssemos avisá-los, seria por telegrama. Alguém disse: porque vocês não vão de teco-teco? O papai estava atrás de mim, e logo a voz dele no meu ouvido, numa frase arrastada:- filha é “pirigoso!”. Fala um, fala outro, resolvemos ir de taxi. Foram mais umas 5, ou 6 horas de estrada e quando chegamos, todos já estavam deitados, mas dormir não conseguiam!
Era uma enorme preocupação sem saberem o que teria acontecido a esses dois patetas. A gozação dura para sempre. Até hoje não posso viajar de avião sozinha que logo vem a recomendação: -ve se vai ficar de papo lá com alguém e perder o avião, como fez com seu pai hein?! Nunca mais se esqueceram dessa mancada! Isso acontece para quem erra, mas fazer o que? Errar é humano.
Curti mais essas abençoadas horinhas com ele, falamos a viagem toda.
Sentado ao lado do motorista, ficava todo torto, virado para trás, segurando a minha mão.
Tudo que deve acontecer entre um pai e uma filha, de dezembro de 73 a abril de 74, vivi intensamente com ele. Inclusive nos desentendiamos quando ele queria fazer a minha cabeça, para que eu me filiasse ao partido comunista. Aí dava briga, porque por esse idealismo desmedido, é que eu e meus irmãos (filhos de outras duas mães), não o tivemos conosco.
Aidinha,a segunda parte é ainda mais emocionante que a primeira.Fiquei emocionado.e como você ecreve bem,minha cara!Um grande abraço do James.
ResponderExcluirMamãe!
ResponderExcluirQue coisa incrível ler uma história na qual eu fui também personagem dela, mas ainda assim, me parece mais forte ainda hoje, por saber bem do seu entusiasmo e da sua vontade em recuperar ( parte de ) tudo isso que vc acabou não tendo com seu pai.
Lembro exatamente da sua busca pela família dele e nós criticavamos você muitas vezes, dizendo para que não mexesse com isso, pois o tempo já havia passado. Eu era novinha, boba de tudo, e tinha medo de vc sofrer. O vovô, como vc bem escreveu, era um mito, e provocou em vc, muita dor. Não ele exatamente, mas a vida que ele escolheu ter. Lembro de vc contar como o visitava na cadeia, mas isto vc vai detalhar ainda. E lembro bem, o quanto vc ficou feliz e falante ao lado dele.
Nós nos ligamos muito nele, por ser a cópia fiel da minha mãe! Mãos, pés, tudo igual. O Tato, meu irmão mais velho, é hoje em dia muito parecido com ele, e era bonito ver vocês, um do lado do outro.
Legal e divertido, foi ver o encontro do vovô com a Vovó, era um momento bem esperado para nós.
Ele era espirituoso e muito legal. Louco, alucinado pelo partido. Mas também foi carinhoso com vc , com a gente e com todos com quem conviveu no tempo curto que ficou conosco.
A história de vocÊs é muito linda, muito triste e não me conformo de ninguém tirar o direito de uma filha viver com seu pai.
Esse buraco, ficou na sua vida, eu sei disso.
Por esta razão , foi tudo tão intenso entre vocês.
Lindo mamis, vc é fogo!
É forte, guerreira e brava!
Superou, sofreu, chorou, mas tá aí pra contar pra todos nós, a tua história.
E eu mesma , espero saber mais, com a maturidade que tenho hoje em dia.
Te amo mamãe, te amo muitão!
bj
Aidinha
ResponderExcluirA forma como faz seu relato é tão real, que me transportou também para aquele aeroporto apinhado de gente...
Sem dúvida, ideologias políticas afastaram muitas famílias!
Beijo grande para si
Marie
Aidinha querida, tu és demais! Tua história é emocionante e prende a gente, pela história em si e pela maneira como escreves.
ResponderExcluirJá pensaste em escrever um livro?
Acho que logo vai sair o livro de um amigo virtual que resoveu editar seus textos.
Pensa bem...
Adoro tuas visitas lá em casa, volta sempre.
Bjim.
Minha queridinha, como é bom entrar por aqui e encontrar um texto como esse! Concordo com todos os que aqui comentaram, vc escreve bem demais e ficamos completamente absorvidos por seus relatos emocionados. É uma linda história de vida dividida em capítulos que mereciam, sem dúvida, virar livro. Espero anciosamente pelo III, IV e tantos outros que estão por vir. Ah, detalhe, achei engraçado ver meu nome estampados nos telegramas (mais uma dessas coincidências da vida que já tornaram comuns com a Con...rsrs}. A princípio, no primeiro telegrama, eu pensei, não é possível estou enxergando coisas, as letras estão levemente apagadinhas, já no segundo não tive dúvidas, lá estão, bem nítidas "SILVANA"!Hahaha Parabéns mais uma vez pela ostagem.
ResponderExcluirMeu carinho pra vc sempre!
Beijosssssssss
A Rosa tem razão, nem respiramos até terminar a leitura.
ResponderExcluirSua história é linda e triste, porém fascinante, porque nela contém o ingrediente básico para o relacionamento humano. Amor.
Acima de tudo amor. Amor pelo homem corajoso, teimoso, e pelo pai que desperta tanta emoção e carinho.
Amor pela convivência diária que você não teve. Mas o respeito e o amor permaneceram vivos.
Bonito.
Parabéns, pela coragem de expor sua história e nos presentear com exemplo de vida.
Um beijo
James
ResponderExcluirObrigada por ter vindo.
O incentivo é grande e fico feliz quando vocês, meus amigos, aceitam ler a minha história.
Beijo
Aidinha.
con Duarte
ResponderExcluirFilha
Creio que isso acontece com nós todos, na medida em que participamos e ao mesmo tempo assitimos a um acontecimento, com relação aos outros personagens da história.
Fico muito feliz por ter vivenciado esse pedaço das nossas vidas, porque fomos muito felizes, apesar de tudo. Entre nós sempre houve muito amor, o que segurou todas as barras.
Ele pode ter feito tudo errado no nosso conceito, mas a sua vinda, com todos os riscos, para ver a todos, foi uma grande prova de amor também.
Depois, o fecho mais encantador e querido para mim é que cada um de nós, mais velhos, que compõem essa história de vida, deixou o seu DNA em vocês, meus filhos e netos que são a minha vida.
Voce vai, enquanto escrevo, sendo a minha testemunha principal e de minha parte, tudo que me vier à memória vou registrar aqui.
Filha, Deus te sempre.
Beijo da mamis
Aidinha
Marie
ResponderExcluirVocê então, também chegou a ver o velho Galeão naquele estado de lotação quase insuportável e sabe do que estou falando!
Aquilo era um castigo.
Pois é, isso foi para nós, uma belíssima desculpa para o nosso grande cochilo!rsrsrs
A razão foi bem outra, mas no momento tinha que ser omitida.
Para nós dois, na hora foi sofrido, mas sozinhos, depois, rimos muito!
Obrigada minha doce Marie por vir mais uma vez.
Beijos
Aidinha
Rosamaria
ResponderExcluirVocê fala de um jeito que chega a me estimular a escrever um pouco mais do que tenho feito. Não sei se um livro, mas ao menos deixar anotado para os filhos e netos, tanta coisa!
Vou começar a pensar mais seriamente sobre isso, porque quando essa possibilidade pinta na minha cabeça, logo tenho a impressão que não conseguirei, que não vou dar conta do recado.
Acho tão difícil! Vamos ver.
Quando acontecer o livro do seu amigo virtual, quero saber e participar o mais possível desse evento. Você me avisa, por favor.
Também gosto muito de ir até sua casa e sua presença linda aqui, é uma felicidade para mim.
Beijo
Aidinha
Sil
ResponderExcluirVocê é uma amiga suspeita! Você é mais que coruja! Tudo o que você fala a gente precisa dividir por dois, ao menos.
Mas, saber que você gostou é muito bom.
Pois é linda, o nome, da irmã do meu pai é mais uma coincidência, como você viu. Só que eu só fui saber que esse era o nome verdadeiro dela, quando o papai veio, porque até então, para mim era tia Silvia, como todos a chamavam.
Também você fala em virar livro?
Fico um pouco animada.
Sabe Sil, já pensei nisso, há muito tempo, confesso, porque a história é rica, mas você conhece o detalhe das minhas pernas e a impossibilidade que tenho, ou melhor, tinha, até um mês atrás, de ficar horas no computador. Isso fez com que eu tirasse da cabeça, essa pretensão e também por me achar incapaz de coordenar tudo, sem saber por onde começar.
Agora você sabe que após 47anos de pernas inchadas, sem que nenhum médico desse jeito a esse problema que tanto me limitou, descobri aquele remedinho maroto que nunca mais deixo de tomar e minhas pernas desincharam, desinflamaram, não tenho mais dor e consegui, por fim, ver meus tornozelos!
Ha!Ha!Ha!
Qualquer dia posto aqui as últimas fotos delas doentes e delas como estão agora. Duvida?
Obrigada minha linda!
Beijos
Aidinha
Aninha, Linda!
ResponderExcluirFico muito feliz por vocês gostarem de saber a minha história.
Sabe, minha lindinha, isso, também se chama AMOR. É exatamente isso que trás o estimulo para eu continuar a escrever e é o que vocês, aqui, me tem dado aos montes!
Tudo aqui nesta blogosfera tem sido razão de alegria e felicidade para mim.
Tive sorte, a da Con e mais a minha, de encontrar pessoas maravilhosas e cheias de bons sentimentos e princípios.
Na minha história de vida, tenho esses lances de sorte, sabe?
Obrigada e muitos beijinhos
Aidinha
Aidinha, querida...
ResponderExcluirVc me levou as lágrimas duas vezes hoje, primeiro com aquele email cheio de ternura desejando-me melhoras, e agora esse relato fabuloso do seu encontro com seu pai...!
Obrigada querida amiga, por ser esse anjo de luz em nossas vidas!
Vou ligar para vc, espero que consiga te emcontrar,
beijinhos,
"Ói eu aqui tra veis"!
ResponderExcluirdesta vez para em resposta ao seu comentário: "Você é uma amiga suspeita! Você é mais que coruja! Tudo o que você fala a gente precisa dividir por dois, ao menos."
Não há suspeição ou corujice que gme garanta que outras pessoas concordem comigo da mesma opinião, não influenciei ninguém, prova é os comentários deixados aqui mesmo, no blog. De conhecidos meus, apenas vc e a Con. E longe de mim duvidar alguma coisa de vc nada quanto ao que disse sobre postar as tais fotos dos tornozelos.rsrsr
Maravilha que estejam bons, pude conferir "in loco" a sua felicidade por essa benção.Torço que continuem no estado em que te deixei, cheia de vida e alegre... Sem medo de cair no clichê mas,"Vc uma pessoa que faz acontecer, e acontece!" Beijos e carinhos sempre! Saudades!
Ester
ResponderExcluirPois é, por uma brincadeira com o Eduardo PL, comecei a falar do meu pai. Para mim está sendo muito prazeroso. Gosto de recordar e a saudade que vem, é uma forma de ter a presença, outra vez, dessas pessoas que amamos.
Se eu não estiver aqui quando você me ligar, juro que me atirarei a um poço com uma pedra amarrada no pescoço!!!
Pura mentira! É influencia da novela que ando assistindo, Caminho das Índias e essa frase é dita todos os dias por algum personagem. Penso que sejam costumes de outra época, porque hoje não posso acreditar que ainda seja assim como a autora nos mostra aquela sociedade complexa e tão cheia de superstições.
Se voce for me ligar, combinamos via e-mail, para não haver frustração, tá?
Linda, eu fui recebida aqui por voces com tanto carinho, que só com ele posso retribuir. Mas esteja certa, falo de coração.
Menina, fique boa logo.
Enquanto isso é seguir à risca as ordens do médico e penso que voce não escapa de uma fisioterapia também.
Beijos
Aidinha
Sil
ResponderExcluirOutra vez obrigada.
Você é uma amiga maravilhosa!
Eu gostaria mesmo que no decorrer de tanta história a ser contada, você e todo mundo, também fizesse críticas, para permitir que eu me aperfeiçoe.
Vamos combinar assim?
Beijo e saudade "támem"
Aidinha
AIDINHA
ResponderExcluirFelizmente hoje arranjei um tempinho para retomar esta maravilhosa narrativa sobre a vida de seu PAI.
Emocionante!
Parabéns Aidinha pela coragem.
Sempre que possa, aqui virei!
Obrigado pela visita e amável comentário.
Anjo?... Aidinha, não aspiro a tanto...rsrsrs
Basta-me ter Jesus no nome!
Beijinhos
G.J.
Gaspar
ResponderExcluirMeu amigo
Voce tem JESUS no nome e no coração.
Que bom voce ter vindo aqui, fico muito feliz!
Beijo meu anjo!
Aidinha
Aidinha
ResponderExcluirTem um "beijinho" para si lá no Arte Fotográfica.
G.J.
Mamis, , então se lembrou bem da nossa história e do papai aprontando lá com o doce Nassif, né? Depois virá mesmo a do Tato, hahaha, tudo louco!
ResponderExcluirBjinhus, fique bem, CON
Aidinha,
ResponderExcluirLi com muita atenção a sua história em busca de seu pai, o encontro dele com a família, o documento de identidade falsificado, para não cair nas mãos dos ditadores dos 'Anos de Chumbo', a perda do vôo pelo pai e filha, a solução do taxi, a gozação da família, seu relacionamento com o pai despois de tantos anos, etc.
Uma bela crônica familiar, sem dúvida; e muito bem escrita - com muita vivacidade.
Parabéns Aidinha.
Abraços,
Pedro Luso.
Aidinha, aqui estou para começar a te ler; que bonita esta história! Amor de pai, mãe, filhos é sempre bonito. Aliás onde existe amor é sempre lindo. Prendes a atenção do leitor; precisamos saber como terminou... E que emoção saber do pai vivo, chegando ao Brasil, e depois viajando sozinha pra compensar os anos perdidos... Muito bom. O resto, o que não foi bom, o tempo deve ter apagado, ou deixado uma marca muito leve. Pelo menos foi o que captei.
ResponderExcluirObrigada pelas visitas, te respondi lá mesmo. Aqui ninguém iria entender, rsrs.
Beijos
Tais luso
Con
ResponderExcluirMinha filha, certas artes nunca mais se esquecem!
Seu pai, por natureza, era um artista comico.
Voce não se lembra que eu dizia para ele ir trabalhar na "Grobo" que ninguém seria melhor?
Agora, imagine esse cara, ao natural o que não faria!
Sem ensaio, era o fino!
Beijo e Deus te sempre.
Da mamis
Aidinha
Tais e Pedro,
ResponderExcluiros nossos Lusos queridos
Tomo a liberdade de falar com os dois ao mesmo tempo, exatamente para que estejam juntos mais uma vez.
É bom demais, te-los aqui no Curso Livre, mais que isso é uma honra. Agradeço muito os comentários e na minha participação modesta
procuro por meu coração e me entregar a voces com toda a minha bagagem de vida.
Gosto muito que tenham lido e entendido os meus sentimentos e aceito também críticas, as que se fizerem necessárias. Por isso estou aqui com meu curso livre e tenho voces todos como modelos para mim.
Só não exijam que me saia bem nas coisas dos softwares, pois com eles tenho apanhado muito!
Você Tais, captou sim, as coisas mais duras estão postas de lado. Quer saber uma coisa? Quando tomei consciência de que estou envelhecendo, vi também como é bom a gente conseguir ignorar pequenas coisas que a pouca idade, o impulso e a inexperiência não deixam passar. Quando você consegue fazer sua cabeça pensar com mais de 20 anos, você vive melhor. A vida fica mais leve, mais gostosa. Costumamos sofrer por tudo e por nada! Quando pegamos as manhas, fica mais fácil.
Você Pedro, a ler a minha história, me faz estufar o peito e ficar vaidosa, coisa que não sou. Quem le o seu blog, vê a carga de cultura que você carrega. Alias, por aqui só dá mesmo é gente da pesada! Então, por vocês todos é que tenho que melhorar a cada dia!
De todo modo, fico devedora sempre, porque vocês me ajudam de todo jeito.
Deixo aqui, mais um beijo e muito carinho para vocês dois.
Da Aidinha
Boa noite queridinha!
ResponderExcluirTé combinado, quando eu conseguir algo para criticar o farei, mas até o momento vc está irrepreensível, fazer o quê?
Deus te cuide sempre!
Meus carinho e beijos a vc.
oi Aidinha,
ResponderExcluirminha flor, obrigada por seu comentário em meu blog, obrigada por vc estar comigo. Adorei a sua historia de vida, conforme ia lendo...ia torcendo por ti, por tua familia, por teu pai....
bjus e volte sempre ao meu blog, é um prazer e uma honra ter pessoas como vc lá, no meu humilde cantinho.
Laura
ResponderExcluirVenho da sua casa e deixei lá uma mensagem.
Achei por lá tudo lindo!
Com carinho , beijo da
Aidinha
Aidinha
ResponderExcluirVim deixar um beijo e vi tua resposta pra mim.
Com certeza, quando souber que meu amigo fez o lançamento do livro, venho te avisar.
Outros amigos teem uma editora, a NOVITAS. Dá uma olhadinha lá no blog.
Bjim, boa semana.
Querida Aidinha!
ResponderExcluirQue relato enternecedor! Fiquei emocionada acompanhando o seu relato, vibrei ao descobrir que seu pai estava vivo, me emocionei com o reencontro de voces, depois com o comentário da sua filha! Que lindo tudo isso!
Muito feliz por voce!
Mirian
ResponderExcluirObrigada por tudo.
Fui lá, afinal sou viciada em café e gosto do seu pedaço. Assim descobri que era o niver da mana Ester.
Tenho andado um pouco afastada daqui, ocupada com um sobrinho que veio de fora e estou acompanhando-o onde tem sido necessário.
Sobre meu pai, ainda vou escrever mais um pouco, quero contar tudo a voces amigas/os, mas tenho que estar um pouco mais tranqüila.
Sua visita e suas palavras me deixaram muito feliz. Eu agradeço e espero merecer toda a atenção que voces me tem dado.
Beijo e carinho
Aidinha
Mamis,eu ainda pensei em te ligar, mas passava da meia noite. Pensei: Mamis relaxa agora....,E encontro a essa hora um recado no meu blog! AH!
ResponderExcluirTo triste tb, fazendo companhia direta para Dorival, e ao mesmo tempo estamos bem, ora ele se emociona muito, e assim levamos. Muita gente visitando, para dar força... E eu naquela que vc sabe... Senão, ele despenca... Morre de rir comigo!
Depois te conto.
Bjs te amo
Filha
ResponderExcluirSó voce mesmo!
Beijos mamis e Deus te sempre!
AIDINHA Muito obrigado pelo brilhante comentário.
ResponderExcluirTomei a liberdade de o reproduzir no Arte Fotográfica.
Espero não leve a mal.
Passe lá para ver.
Bjs
G.J.
Gaspar, amigo
ResponderExcluirRespondo no seu espaço.
Lá é muito mais bonito!
Obrigada pela honra que me dá.
Beijo
Aidinha
AIDINHA
ResponderExcluirCom sua licença, "entrei sem bater ao ferrolho..." Gostei muito de ler este seu ultimo comentário/resposta ao nosso amigo Eduardo.
Estas pequenas divergências são o sal da vida...
Por aqui costuma dizer-se que alguns nascem de uma barriga rica, e a maioria nasce de uma barriga pobre...
Sempre foi assim, e vai continuara a ser.
Compete ao poder político, aos governantes, tudo fazer, para que este fosso não seja muito profundo. Ou seja, fazer com que as maisvalias geradas pelo trabalho sejam melhor distribuídas.
Mas invariávelmente eles fazem o contrário. Governam para os mais poderosos, tornando-os cada vez mais ricos, ao mesmo tempo que destroem o "aparelho produtivo" ou seja, tirando tudo o que podem ao trabalhador.
E assim matam a galinha dos ovos de ouro!
É o que está acontecendo por aqui! só não sei até quando o povo vai ficar calado.
Um país tão pequenino. Dez milhões de habitantes. Com mais de dois milhões a viver da caridade alheia, não sei até quando se acobardará.
Um grande beijinho para si e muitos parabéns pela lucidêz com que está na vida.
Gaspar de Jesus
Aidinha, que historia LINDA! Linda! Você ri quando pensa que vai chorar, chora quando pensa que vai rir! Muito lindo o que você fez de se despir de qualquer sentimento ruim e procurar seu pai! É o que sempre penso: Existem coisas maiores nesse mundo! Uma delas foi o amor que você dedicou a ele em sua busca. Você e a Con são maravilhosas!
ResponderExcluirAidinha,
Eu pensei que você nem postasse, justamente porque você não aparecia pra comentar, pensei ter largado o blog de lado! Não faça isso! Dê sempre sua opinião, ela é valiosissima pra mim, sério! Eu leio tudo que me escrevem! Não suma!
Beijos
A emoção e tamanha Aidinha, que nao deu para segurar as lagrimas, vc sbe que papai nao sabe o nome correto de vovo ate hje, papai tem 77, vovo tambem passou por tudo tal qual seu pai,era de Porto,chegando ao Brasil casou-se com a primeira india que lhe impressionou, e vou te contar que familia linda formou, tornou-se um grande fazendeiro em Minas, e morreu com o nome que lhe deram onde nao seu, Geronimo Pedro, mas confesso que sua historia de vida e de dar arrepio, pela sua luta, garra, audacia em ir atraz, procurar saber, isso e a coisa mais bela que pode existir em alguem, nao e a toa, que sua filha so poderia ser a Co.
ResponderExcluirum grande beijo
amo o que vc e sua filha escrevem
rosana brito
tatuape-sp
rtbrito@hotmail.com
Aidinha, passei para desejar que você tenha um domingo das mães maravilhoso. Cheinho de alegria e amor.
ResponderExcluirUm beijo
Felipe, Rosana e Aninha Pontes
ResponderExcluirObrigada por terem vindo e terem deixado seus amáveis comentários aqui para mim.
Meus queridos, agora decidi que quando for responder aos comentários, faço no Curso Livre uma pequena menção e respondo no blog de cada um.
O comentário do Felipe me alertou para isso e penso que seja melhor mesmo, mais delicado.
Então, até ainda hoje no espaço de voces.
Lindos, muitos beijos!
Aidinha
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirRosana
ResponderExcluirObrigada, por ter vindo trazer seu comentário.
Menina, é incrível como essas pessoas que passaram por esses maus bocados, tiveram, ainda, depois que carregar tanta tristeza pela vida a fora!
Se você quiser, por e-mail, nós podemos conversar, por telefone ou pelo Skype e tentaremos juntas descobrir tudo o que for possível sobre seu avo. Quer? Estou aqui para ajudar.
Seu pai deve ter sofrido muito com isso, imagino. Eu e ele temos a mesma idade, sabia?
Vamos nos encontrar por aqui muita vezes e quem sabe conseguiremos até mais do que se espera.
Não consegui postar diretamente para voce, por isso faço aqui na minha página mesmo. Desculpe minha linda!
Beijo
Aidinha
Aninha
ResponderExcluirMinha linda, também para você falo por aqui.
Obrigada por ter vindo e os seus votos que agradeço, sejam extensivos a todas, as mães biológicas, as adotivas e as que só por seu estado de espírito tem seus filhos de coração, que muitas vezes nem sabem serem tão amados assim.
Para todos nós a benção da saúde, do amor, da alegria, da paz, de tudo que o mundo tem para nos dar de melhor.
Beijo
Aidinha
Que a beleza das flores, a doçura do mel, o brilho das estrelas,a envolvam e que continue irradiando o amor e a alegria que existe dentro de você.
ResponderExcluirUm lindo dia das mães e um beijo grande no coração!!!!
Beijos saudosos rs
Mamis, Nossa Senhora está lá no meu blog
ResponderExcluirbj CON e obrigada por em enviar a NOSSA Mãe!
bj
Con
ResponderExcluirPassei por seu blog e vi.
Aceitei um comentário, mas ele desapareceu de lá e daqui. Não sei o que houve e nem sei se quem era. Que pena!
Beijo
Deus te sempre.
Aidinha
amei o texto e a história
ResponderExcluirDinorá